IMPORTAÇÃO

Primeira importação: por onde começar?

Redator Valor Aduaneiro

Estoque da empresa após primeira importação com vários produtos adquiridos

Redator Valor Aduaneiro

Para tornar-se mais competitivo no cenário nacional, recorrer ao mercado externo é uma excelente oportunidade.

A importação é o ato de introduzir um produto, bem ou serviço de outros países em território nacional.

Por ser um processo complexo, o ideal é contar com empresas especializadas em comércio exterior, principalmente nas primeiras importações.

Confira abaixo, as 6 etapas para começar a importar:

1) Situação legal

O primeiro passo é entender a situação da empresa, e certificar-se que ela está devidamente constituída.

Vale ressaltar que pessoa física pode importar para consumo e coleção, mas o correto é abrir uma empresa jurídica para comercialização.

2) Habilitação no Siscomex

Após ter um CNPJ e estar em situação legal, o próximo passo é ter uma habilitação no Siscomex.

O Siscomex promove a integração das atividades de todos os órgãos gestores do comércio exterior, permitindo o acompanhamento, orientação e controle das diversas etapas do processo exportador e importador.

Modalidades de habilitação

Existem 3 modalidades de habilitação, sendo:

  1. Expressa para comercialização de valores inferiores a cinquenta mil dólares;
  2. Limitada para comercialização de valores inferiores a cento e cinquenta mil dólares;
  3. Ilimitada para comercialização de valores superiores a cento e cinquenta mil dólares.

3) Encontrar o fornecedor certo

Fazer negócios com empresas estrangeiras é uma excelente oportunidade, no entanto, é preciso certificar-se de ter bons fornecedores e que os produtos sejam de qualidade.

Assim, a qualificação de potenciais negócios ocorre principalmente de duas formas: por meio de plataformas digitais e visitas em feiras nacionais e internacionais.

Plataformas digitais

Existem vários diretórios de fornecedores online, como o Alibaba, especializados em negócios B2B (business to business).

Nesses sites, é possível achar empresas e produtos para realizar o primeiro contato.

Feiras internacionais no Brasil e exterior

São uma excelente opção para encontrar potenciais fornecedores, além de acompanhar as tendências do mercado e lançamentos.

Além disso, é importante conferir qual é o pedido mínimo que o fornecedor exige, além das informações do produto para definir a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).

Por outro lado, visando a segurança, recomenda-se contratar o serviço de inspeção de qualidade na fábrica do fornecedor.

Assim, será possível garantir que o fornecedor e os produtos são confiáveis, por meio da comprovação de certificados, normas de segurança e condições maquinarias adequadas.

4) Análise de viabilidade de importação

Após encontrar bons fornecedores no exterior, é necessário ter certeza que o novo negócio terá lucratividade.

Para isso, é essencial fazer um levantamento de todos os custos pertinentes a importação.

Veja abaixo as 3 classes de custos que são comuns:

Embarque

Considera-se o valor da mercadoria, frete internacional e seguro internacional.

A soma desses valores corresponde ao Valor Aduaneiro ou CIF – Cost, Insurance and Freight.

Tributo

Corresponde a carga tributária, que varia conforme tratamentos administrativos e NCM. Os impostos são:

  1. Imposto de importação (II);
  2. Imposto sobre produtos industrializados (IPI);
  3. Contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS);
  4. Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).

Despesas aduaneiras

Valores cobrados já em território nacional, como os serviços de despachante aduaneiro, armazenagem, movimentação de carga, emissão de documentos e transporte rodoviário.

5) Recebimento e aprovação de amostras

Assim que levantar a viabilidade da operação, considerando as etapas acima, recomenda-se solicitar dos potenciais fornecedores as amostras de produtos desejados, para certificar sobre a qualidade de mercadoria a ser importada.

Essa avaliação ajuda no processo decisório e assegura futuro sucesso da negociação.

Vale ressaltar que os custos e eventuais impostos referentes ao envio das amostras devem ser tratados como um investimento e não o gasto, visando importância de estabelecer um relacionamento duradouro com o exportador.

6) Primeiro pedido

Após calcular todos os custos na importação e definir o fornecedor, o último passo a ser feito é a negociação e o fechamento do primeiro pedido.

O importador deve negociar com o exportador estrangeiro a modalidade do pagamento, os prazos de entrega e a condição de venda (Incoterms).

Além disso, antes de embarcar a mercadoria, é preciso verificar se há ou não a necessidade de emitir a Licença de Importação (LI).

Vale ressaltar que o embarque sem emitir a devida LI gera uma multa de 30% sobre o valor aduaneiro.

Por fim, após o embarque, o exportador deve providenciar os documentos que liberam a entrada da mercadoria na alfândega brasileira. Os principais são:

  1. Conhecimento de embarque;
  2. Romaneio de carga;
  3. Fatura comercial;
  4. Certificado de origem (quando o produto for objeto de acordos internacionais).

Faça a sua primeira importação

A Valor Aduaneiro oferece um suporte completo para você importar com tranquilidade e rapidez.

Temos as ferramentas e conhecimento necessário para desenvolver bons fornecedores e produtos, além de realizar um estudo detalhado para verificar a viabilidade da importação.

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Gostou do artigo? Para aprofundar ainda mais seus conhecimentos em comércio exterior, confira nosso conteúdo sobre quais são as etapas do despacho aduaneiro de importação.

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